Tuesday, November 15, 2005

Beckett e o Absurdo da Guerra Fria


VLADIMIR: You have a message from Mr. Godot.
BOY: Yes, sir.
VLADIMIR: He won’t come this evening.
BOY: No, sir.
VLADIMIR: But he’ll come tomorrow.
BOY: Yes, sir.
VLADIMIR: Without fail.
BOY: Yes, sir.


VANGUARDA: [3] parcela da intelligentsia que exerce ou procura exercer um papel pioneiro, desenvolvendo técnicas, idéias e conceitos novos, avançados, esp. nas artes; avant-garde.

Etimologiafr. avant-garde (sXII) 'vanguarda', inicialmente do vocabulário militar, do fr. avant



A Segunda Guerra Mundial fora o que fora. Milhões de cabeças fundidas, milhões de membros cortados, e aquela sensação de que o sentido da vida fora raptado por dois grandes e alvos cogumelos. Os homens que a ela sobreviveram e as gerações que a ela se seguiriam, refletindo tanto o caos quanto o vácuo, articulavam-se mecanicamente nos entremeios de suas vidas cotidianas. Preocupavam-se, quando muito, com o aumento do salário, com o escândalo da popularização do duas-peças, com o aparecimento tímido de um cantor rebelde do Mississipi. Ou, na porção mais vermelha do planeta, com a pressão política, com as metas produtivas, com a estruturação de um gigantesco regime tão comunista quanto camponês. A busca de um sentido para a vida parecia em suspenso, enfraquecendo a máxima de Aristóteles que tanto antes valera: o homem, sendo criatura com o desejo de conhecer, não pode suportar por muito tempo a ausência de significado.

Houve, todavia, quem não pudesse realmente suportar. Recuperando o Surrealismo e absorvendo boa parte da temática existencialista, autores como Eugène Ionesco, Edward Albee, Harold Pinter e Samuel Beckett buscaram transportar para os palcos a angústia por trás do ceticismo, a procura por trás do final anunciado, o drama por trás do automatismo. Tentaram expressar, por meio de roteiros, cenários, figurinos e argumentos absurdos – daí o nome de sua corrente, Teatro do Absurdo – que existia uma expectativa, nem mesmo que esta fosse a destruição dos valores (“Quem tem medo de Virginia Woolf?”) ou a animalização das relações humanas (“O rinoceronte”).

Com um trabalho que acabou sendo uma metáfora destes tempos, destacou-se nesta geração a persona artística de Samuel Beckett. O dramaturgo, posteriormente premiado com o Pulitzer, sintetizou em sua obra-prima, “Esperando Godot”, a essência do que a humanidade parecia viver. Em uma leitura particularista, podem-se tomar suas personagens principais, Vladimir e Estragon, como os pólos ideológicos opostos, o capitalismo e o comunismo. Simultaneamente opostos e complementares, ambos cortam-se em diálogos profundos, desafiadores, profeticamente encenando as tensões entre norte-americanos e soviéticos – ainda distantes de seu auge quando Godot estreiou, no ano de 1953. Estão os dois, em um campo deserto, próximos apenas de uma árvore, roupas simples no corpo, esperando por algo a que nomeiam Godot.


Talvez a observação seja teleológica e potencialmente direcionada - e eis dois argumentos que dependem da opinião de quem lê ou assiste Beckett –, porém o fato de os dois homens/pólos convergirem em uma coisa, em apenas uma coisa, e se doarem, ambos, à crença na chegada de Godot, parece sinalizar uma metáfora ainda mais profunda. Ora, Godot poderia ser, ao mesmo tempo, a razão para a ausência de significado e o carrasco final de qualquer significado. Godot poderia simbolizar, em ultimo aspecto, aquilo que a geração de Beckett e todas as seguintes, sob o correr da Guerra Fria, tanto esperavam quanto temiam: o enfrentamento nuclear entre as duas grandes potências.

Confirmando a crítica de Beckett por trás de sua aparentemente inocente peça, aparecem ainda dois coadjuvantes: Pozzo e Lucky. O segundo, subordinado ao primeiro, carregado a uma coleira, tem como única habilidade conhecida a dança. Pozzo, por sua vez, queixa-se a todo o tempo da perda de memória, da perda de saúde. Tomando-se ambos como sinais dos tempos, é possível ver tanto o ímpeto de descolonização quanto a resistência à descolonização (coleira), o etnocentrismo (não enxergar o outro além da dança) e a decadência européia (tanto cultural quanto imperial, exposta na morte gradual de Pozzo). Não à toa, eles aparecem cortando os momentos de tensão entre Vladimir e Estragon ou as reações deles a mais um alarme falso de Godot; exatamente como as questões relacionadas ao declínio dos Impérios estiveram em segundo plano a partir de 1945.

Ao final da peça, assim como ao final da Guerra Fria, não chega Godot e não chega o conflito direto. A espera continua, para Vladimir e para Estragon, para os EUA, para os outros países, para a humanidade. A peça de Beckett continua a ser encenada, 52 anos após a sua estréia. O sentido da vida não está claro, o sentido deixou de ser um cogumelo arrasador, o sentido não está no dia-a-dia – e pode estar no dia-a-dia –, o sentido está descoberto de sentido. Mas a busca permanece. Até a próxima vanguarda, até o próximo Absurdo.

17 Comments:

Blogger Manoela said...

Bom, Daniel, está aí finalmente o post que me fez perturbá-lo este período inteiro.

Dedico este a Camila, que me incentivou todo o tempo a falar do teatro por aqui. : )

11:18 PM  
Blogger Manoela said...

Ah! a definição de VANGUARDA eu tirei do dicionário do Houaiss. Esqueci de colocar a referência.

11:21 PM  
Blogger Alan said...

excelente, manu. o que, aliás, não é nenhuma novidade para quem, como eu, te conhece. =)
bjossss

11:26 PM  
Blogger Pedro Henrique Verano said...

Um post com excelente conteúdo e associações muito criativas.

Lendo-o facilmente cria-se um interesse pela maior parte das pessoas em conhecer esse autor, que pelo lido parece genialmente fazer uma obra passível a eternidade devido a caracterização criativas entre as divergencias entre dois lados e os que os rodeiam.

Como sempre, um post muito cuidadoso no sentido da forma, o que não deixa de ser uma novidade vindo de uma personalidade extremamente perfeccionista e vaidosa.

Parabéns.

12:52 PM  
Blogger Camila Pontual said...

Esperando godot é uma das melhores peças que já vi e li. A espera é por si só angustiante.. e a expectativa que ela cria também é sufocante. A peça sintetiza toda a temática do teatro do Absurdo, toda a genalidade de Beckett. A busca por algo, a eterna espera, e a própria relaçao do hoeme com esse espera/busca. Amo de mais essa peça, e agradeco a Manu com esse post lindo. E reafirmo a minha opinião que o teatro- tão importante- está sendo ignorado nesse blog.

11:30 PM  
Blogger Manoela said...

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1:34 AM  
Blogger Manoela said...

Respondendo, com calma.

Vinícius, não é para tanto. Fico feliz que tenha gostado - sei que gosta das análises culturais -, mas genialidade é para um círculo minúsculo, ao qual não apenas não pertenço como não vou pertencer.

Alan, fico feliz por ter passado por aqui.

Pedro Henrique, fiquei impressionada com sua capacidade de me elogiar tanto para depois alfinetar aquilo que chama "vaidade" ou "perfeccionismo". Ok, ok, eu consigo compreender sua mensagem.

Carla, é boa vontade sua.

Laís, você, que teve uma das provas escritas de que mais gostei no semestre, também pode ter tido seu papel como inspiração indireta deste post. "Translúcido". : )

Francine, fico feliz por ter achado a análise envolvente. Na realidade, eu me empolguei escrevendo - deve ser o período de me empolgar com as coisas de que falo, se alguém viu minha prova oral. Não sei se a Guerra Fria pode ser vista em todo mundo que esteve na época e nem sei mesmo se fiz um trabalho justo a enxergando em Beckett. Talvez seja apenas a influência definitiva de tantos autores dizendo: "você pode ver a política naquilo que, à primeira vista, não é político". Ainda não tenho um parecer próprio.

Camila, como este post foi dedicado a você, e como eu sabia que você tinha assistido à peça - coisa que não fiz; já que apenas me dediquei a lê-la diversas vezes -, é um grande alívio que você tenha gostado. Aqui onde vocês dizem ver um post "lindo" está o resultado da minha paixão pelo teatro: sempre arrebatadora e sempre ensejando boas coisas.

Finalmente, mas não menos importante, Danilo. Não conheço o livro da Ruth Rocha, pode me dar uma referência? Fico feliz, realmente feliz, por você ter comentado. Todavia, essa coisa de elogio acadêmico, como diria o JD, ainda acaba por elevar meu ego além do que ele deveria ser elevado, gerando efeitos devastadores sobre as CNTPs de quem convive comigo. Ok, ok, brincando: acho que uma vez ou outra não faz mal. Para você tenho apenas a reafirmar de que eis uma expressão esboçada e ainda muito amadora dessa tão importante relação Arte-RIs, que você bem lembrou e que me parece sempre deixada um pouco de lado. Talvez seja resultado da minha frustração por não ter feito a faculdade de Cinema, com a qual tantas vezes me vejo sonhando, porém consigo verdadeiramente enxergar relações internacionais nas artes, e fico extremamente decepcionada de que a dicotomia ciências sociais - artes tenha reverberado para nossa disciplina. É preciso discutir cultura, e a cultura, de uma vez por todas, não é um capricho "das classes privilegiadas". Tenho certeza que há, no popular e no sofisticado, uma expressão para tudo, um sinal dos tempos; e acredito que seja agora a hora de olharmos para isso, em vez de nos debruçarmos, mais uma vez, mecanicamente, sobre textos da Antiguidade.

1:45 AM  
Blogger Manoela said...

Pedro,

Agradeço pela crítica. Gostaria de dizer que entendo seu ponto, mas esclareço que seja realmente complicado sintetizar toda a linguagem do Absurdo, apresentar a minha tese e ainda dizer a relação disso com as RIs em poucos parágrafos. Não tenha dúvidas de que, se eu tivesse espaço, faria a abordagem comme il faut, com uma introdução aberta, clara e explicativa.

Ainda assim, acho que você desconsiderou que eu tentei sim apresentar a corrente, colocando um parágrafo sobre a vanguarda que me era originalmente desnecessário. Tentei também apresentar o contexto histórico e, se falhei, tenho apenas como pedir desculpas. A idéia do post - e deste blog - não é conter todas as respostas, como você mesmo, acredito, comentou em um post seu. Eis apenas um esboço, para procurarmos mais e refletirmos mais.

11:11 AM  
Blogger Manoela said...

Gustavo,

O caminho é esse mesmo. A teoria do teatro tem tomado bastante espaço discutindo "God" em "Godot". É uma questão de interpretação. Eu acredito que o Deus em "Godot" seja o sentido da vida, mas evidentemente pode haver uma outra nuance. Gostei bastante da sua idéia, faz pensar. Quer dizer: há mesmo esperança para algo além disso? Se a razão da vida fosse descoberta, qual seria o motivo de continuarmos a existência? Vivemos sob a imagem filosófica de eterna procura por uma verdade que sabemos intangível?

Tenho para mim que, de fato, não há uma esperança para além disso. Quero dizer, se já somos acomodados desconhecendo as motivações para sermos aquilo que somos, o quão pouco transformador seria captar sem esforço?

Ou, diversamente, usando a tese da destruição nuclear. Por que devemos acreditar que podemos viver para além disso? Talvez, para se chegar a esse ponto, a degradação humana já tenha sido tamanha que existir depois daquilo só caiba em uma franca comprovação de que falhamos irrecuperavelmente e, depois dessa, não podemos ter esperança.

Pelo visto, Gustavo, mais uma vez não temos resposta; mas esta é a graça de qualquer arte. Um autor escreve um texto com um objetivo e depois vê-lo adquirindo novas roupagens. Não sei quanto a você, porém, pelo menos para mim, esta subjetividade profunda é o que mais atrai na literatura, no cinema, no teatro, na música, nas artes plásticas etc.

________________

Elizia e Maylla,

Obrigada pelos comentários.

6:32 AM  
Blogger Raul said...

só uma observação (principalmente para o Vinícius). Vocês não acham essa pelaçao de saco RIDÍCULA?!? Porra, vamos parar com essa porra pq o post dela não teve nada de mais, mas como foi a Manoela quem fez, fica todo mundo com essa enchessão de saco!
no momento, sem mais

11:59 AM  
Blogger Manoela said...

Bom, vamos por partes, como sempre.

À Maylla, digo que jamais desconfiaria dela a este respeito.

Amanda, adorei seu comentário e adorei saber que se interessou por Beckett após ler meu humilde (ainda que excêntrico) post. É isso, as artes são incríveis por trazerem esta gama variada de interpretações. Talvez Godot seja mesmo uma transposição da vida pessoal de seu autor.

Tiago e Taciana, agradeço pelo apoio.

Paula, agradeço pelos elogios e reitero como gostei do comentário do Gustavo. Realmente, um debate em pauta. Falarei a respeito mais adiante.

Fernanda, excelente ponto. Costumo me perguntar da mesma forma por que alguns têm uma maior capacidade do que outros de expor a inquietação dos tempos. Se na política este talento já me comove, o que dizer da arte, que ainda envolve a sutileza, o capricho, a criatividade? Isto é inato, isto é construído? É possível, simplesmente, que um dos "meros mortais" possa, de uma hora para outra, sintetizar o que vê? Existem gênios ou gênios são pessoas como nós que buscaram enxergar quando nós fechamos os olhos? Simplesmente não sei. Mas, como sempre, acho excelente discutir.

7:28 PM  
Blogger Manoela said...

Gustavo,

Boa argumentação.

Não sou pessimista para contrariar o Direito; infelizmente, trata-se de uma característica pessoal contra a qual tento lutar, mas nem sempre consigo. Até porque o Direito, como se sabe, pode ensejar qualquer coisa - e, de repente, por eu supostamente não acreditar, sei lá, em uma segunda chance, eu seja a favor do Direito que se faz no Texas ou na China.

Mas realmente gostei de sua argumentação. O único problema é: não encontro um motivo racional para não acreditar em Deus. Tanto é que - pasmem! - eu acredito. Desconfio, é claro, de tudo que haja de humano nessa construção - e, por isso, não concordo com as verdades dogmáticas, com as verdades formadas.

Talvez você tenha entendido errado o meu outro comentário. Eu não acho que tenhamos falhado irrecuperavelmente, mas é esta a visão geral. Quer dizer, mesmo com conflitos, com crises, com mudanças, eu acho que a humanidade tenha tido até agora muito de bom - e tenha muito em que acreditar, mesmo que "com o pé atrás". Bem ou mal, são os homens que fazem as artes e eu acredito nas artes. São os homens que fazem a política e, por mais que eu mesma me ache meio louca por pensar assim, eu ainda acredito na política. Realmente, é possível interpretar a espera de Godot como um evento iminente, como uma prova de esperança. É minha tese, entretanto, que, para o contexto histórico, caiba melhor o sentimento de perda.

Acho (?) que agora está melhor.

Muito obrigada por continuar o debate.

7:38 PM  
Blogger Manoela said...

Lia,

Isso, o problema é se relacionar mecanicamente com esses textos da Antiguidade. E, tanto quanto você, odeio a falsa erudição e o pedantismo. Tenho nojo, de verdade, e tendo a achar mentiroso.

Concordo que a Internet seja um bom meio para discutirmos as artes e, até mesmo, mediarmos esta linha entre o "sofisticado" e o "popular". Eu, pelo menos, não tenho encontrado dificuldades para admirar tanto a música cubana (majoritariamente de origem popular, feita por gente simples, de forma simples, e, nem por isso, menos brilhante) quanto a música erudita; tanto expressões da cultura de massa quanto correntes e nichos "mais obscuros". E, talvez pense de forma diferente, mas vejo hoje um preconceito maior com os nichos dentro das artes do que com a cultura popular propriamente dita.

É hoje mais fácil ver alguém defendendo as cantoras-artesãs do Nordeste ou a literatura de cordel do que os neo-beatniks ou o rock indie. Em nenhum momento passa pela cabeça da maioria de que não é necessário haver uma escolha e de que nós não fomos condicionados a viver classificados em correntes.

O que vocês pensam a respeito?

8:45 AM  
Blogger Manoela said...

Pedro,

Realmente. Por isso que eu falei em otimismo "com pé atrás". Não pedi para ninguém ser "Poliana" e achar que o mundo é perfeito ou, se não é, vai se tornar automaticamente.

Quanto à ação estudantil, a minha opinião é de desacordo. Talvez seja uma confusão da realidade com o ideal, e possivelmente eu não devesse deixar isso acontecer, mas tendo a achar que o movimento acaba se sujeitando ao partidarismo e/ou à futilidade - o DCE organiza mais festinhas do que efetivamente atua ou traz boas propostas. Também discordo do método utilizado. Infelizmente, não acho que jornalzinho satírico vilanizando o reitor seja o meio de se alcançar qualquer coisa - e nem mesmo imagino que as propostas feitas nesses veículos sejam as minhas propostas ou as propostas de quem está à minha volta.

A verdade é: o movimento tornou-se um clubinho, ao qual se adere ou não. A nossa função, então, é pensar soluções alheias a isso. Discordo novamente que deva ter uma estrutura funcional ("organização dos estudantes"), acho que já somos maduros o suficiente para apresentar nossas propostas sem uma irônica combatividade a quem quer que esteja acima de nós na hierarquia. A diplomacia é a política do acordo e acredito que, se em grande parte quem se movimenta tem conseguido pouco, dois grandes motivos são a descrença no diálogo e o ceticismo quanto ao poder da argumentação.

Confundam meu pensamento com uma postura reacionária, que seja, mas eis a minha percepção.

9:56 AM  
Blogger Manoela said...

Ah! claro.

Não conheço a UNICOM. Pode me explicar o que seja?

10:37 AM  
Blogger Manoela said...

Eu estava devendo o discurso sobre o movimento estudantil e dei um jeito de encaixar, confesso.

Ah! então é isso a UNICOM. Excelente, Pedro.

Qual a localização do pré-comunitário e qual o horário em que eles precisam de professores? O meu horário é altamente bizarro, mas é uma coisa que eu gostaria de fazer. Se puder, traga mais informações.

3:48 PM  
Blogger Anna Carol said...

"E a busca pelo sentido da vida continua........
Afinal, qual seria o sentido da vida em tempos de "paz mundial" para quem mora em uma país desigual e coberto de violência como o nosso?"
mayllinha

"(...)melhor maneira de encontrar o equilibrio é agir diretamente."
pedro benetti

Tenho que concordar com o professor, esse acabou se tornando um post extremamente frutífero. Por falta de capacidade para entrar na discussão sobre o sentido da vida, percebi levemente em alguns dos comentários uma das velhas discussões de RI: justiça ou paz? Busco argumentos de ambos os lados, será que alguém ainda tem energia para comentar aqui?

6:00 PM  

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